
MINHA HISTÓRIA COM A ARTE
CURRICULO DO ARTISTA PLASTICO *****
Lizar (1939)
Nascimento
1939 - Miracatu SP - 6 de agosto
Formação
Autodidata em pintura
Cronologia
Desenhista,Gravador,Escultor,Ativista Cultural, Coordenador de Eventos Artísticos
1940 - São Paulo SP - Passa a residir na capital paulista
ca.1974 - São Paulo SP - Funda a Associação dos Artistas Plásticos de São Paulo e é seu primeiro presidente
Críticas
"Lizar é um dos privilegiados artistas ex-acadêmicos que soube deixar no momento certo as muletas para uma reeducação a ritmo certo, evitando cair no radicalismo de opostos preconceitos e tornando uma posição equidistante potencialmente certa. (...) Independente, forte e reformulador, este artista não se satisfaz em avançar na aventura de sua autenticidade pelo campo das formas que conhece bem; ele subjetiviza também nas idéias apresentando uma capoeira de sua imaginação, pessoal e fantástica concebida em pautas de harmonia como cabe a um bom artista (...). Naturalmente, o artista é poeta e é artista. E porque é poeta não pode deixar de ver a euritmia que existe numa capoeira idealizada. E porque é artista não pode deixar de obedecer ao imperativo das suas concepções próprias para plasmá-las. Eu tenho a maior confiança na arte de Lizar. Confiança que se confirmou ao ver o artista aplicar seu pincel nas telas, ver o pincel correr fluídico sem oscilações, como com vida própria, com toda a sabedoria do inconsciente, sem necessidade de consultas ao consciente. Pareceria ser que o próprio pincel sabe o que faz e que Lizar não é mais do que médium de um ato de criação".
Emílio Miguel Abella
LIZAR: pinturas. Apresentação de Emílio Miguel Abella. São Paulo: Itaugaleria, 1976.
A arte de Lizar é um caso de amor com a graça e a beleza da capoeira, forma de arte marcial trazida ao Brasil no século XVI ou XVII. (...) Suas criações são poemas de cor, fluidez e movimento. As linhas e formas evocam ritmos múltiplos e velozes. Movimentos paralelos emergem em matizes análogos e formas que se repetem enquanto outros conflitos formam cores e direções que contrastam. (...) A harmonia das cores é fundamental no trabalho de Lizar. Nas primeiras obras são sutis jogos de cores, leves camadas muitas vezes translúcidas, sobrepondo-se umas às outras. Seus últimos trabalhos são estudos em cores mais nítidas e contrastantes. As justaposições mais dividem do que unificam a composição. A intensidade das cores puxa e empurra as formas, umas contra as outras. Todas as composições consistem em duas partes inter-relacionadas, nas quais as porções da esquerda e da direita entrelaçam-se e viram umas sobre as outras. (...) Tanto na pintura realista quanto na mais abstrata, Lizar captura a essência da capoeira, sua graça e leveza, sua força, velocidade e ritmo".
Henry John Drewal
LIZAR. Apresentação de Henry John Drewal. São Paulo: Museu de Arte Brasileira, 1992.
Crítica
Lizar é pintor, desenhista, escultor, gravador e ativista cultural em São Paulo há trinta anos. Consciente das dificuldades de materialização de uma obra com originais particularidades negras na atualidade, já que a simbologia recorrente desta caracterização é por demais utilizada,
Lizar vem desenvolvendo um trabalho em que o conteúdo espiritual, a vibração, a emoção e a pulsão, sobrepõem-se ao puramente formal e ao simbólico-formal. Isto não quer dizer que seu trabalho prescinda do símbolo.
Às vezes ele recorre as formas que evocam, representam ou substituem outras coisas, sobretudo quando estas são de natureza religiosa.O fulcro da obra plástica atual de Lizar é uma africanidade brasileira de ampla inserção na cultura do país: a capoeira.
Aproximando-se do tema da capoeira no início dos anos 70, Lizar recriou-a por três anos, em desenho monocromático, na série que denominou de Capoeira Mecânica. Foi a fase de preparação em que o artista adestrou-se no desenho, na parte substantiva da obra. Na sequência ele passou a utilizar a cor, a destacar linhas curvas de fundo e a eliminar a base, o chão.
Suas figuras passam a movimentar-se no espaço na série há Capoeira Sideral. Em seguida Lizar começou a sintetizar formas, a afastar-se de uma caracterização explícita da figuração e a aproximar-se do movimento descrito pelas figuras no espaço.
Em outras palavras, acentuou o processo de abstração e de espiritualização destas formas e combinou-as com cores expressivas. Suas formas derivam dos vários movimentos da capoeira, como o de armada, da esquiva, do martelo, de meia lua de compasso, da tesoura de cintura e outros.Que fique claro que Lizar não pretende com sua obra documentar a capoeira, seus golpes, sua ginga, sua manha.
Ele a toma como ponto de partida para a criação de uma obra nova, que embora referenciada numa manifestação da cultura negra, não a reproduz. Ele produz, sim, uma nova obra, ágil e vigorosa, na qual estão presentes as duas grandes paixões humanas – a alegria [laetitia] e a tristeza [tristitia] – com características incontestáveis e universais da negritude.
Por Enock Sacramento
Exposições
Lizar (1939)
Fontes de Pesquisa
A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica. Joel Rufino dos Santos. Tenenge. Emanoel Araújo. ARAÚJO, Emanoel. São Paulo, Tenenge, 1988. Bibliografia: p. 396-398 Conteúdo: 1 - O barroco e o rococó 2 - O século XIX - A academia e os acadêmicos 3 - A herança africana e as artes de origem popular 4 - Arte contemporânea.
LIZAR: pinturas. Apresentação de Emílio Miguel Abella. São Paulo: Itaugaleria, 1976.
LIZAR: pinturas, desenhos e esculturas. Apresentação de Lizar. São Paulo: Itaugaleria, 1982.
LIZAR: Só capoeira. Apresentação de Carlos Eduardo da Rocha. Salvador: Galeria de Arte Panorama, 1976.
LIZAR em uma mostra de arte. São Paulo: Banco Mercantil do Brasil - AG. José Bonifácio, 1975.
LIZAR. Apresentação de Carlos Eduardo da Rocha. São Paulo: Centro das Artes, 1983.
SIDNEY Lizardo e João Baptista de Souza. São Paulo: Galeria de Arte Reaval, s.d.
CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
Algumas das Exposições Individuais
1972 - São Paulo SP - Individual, na Faculdade Paulista de Música
1973 - São Paulo SP - Individual, na Faculdade Paulista de Música
1974 - São Paulo SP - Individual, na Galeria KLM
1974 - São Paulo SP - Individual, no Banco Mercantil Finasa
1976 - São Paulo SP - Individual, na Itaú galeria
1977 - São Paulo SP - Individual, no Clube Zhale Lions
1978 - Osasco SP - Individual, no Museu de Arte de Osasco
1978 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MIS/RJ
1978 - São Paulo SP - Individual, na Delegacia Regional do Ministério da Cultura
1979 - Mococa SP - Individual, no Museu de Arte de Mococa
1981 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ladeira
1982 - São Paulo SP - Individual, na Itaú galeria
1982 - Santos SP - Individual, na Associação Médica de Santos
1983 - São Paulo SP - Individual, no CCSP
1984 - São Paulo SP - Individual, no Centro Cultural (Bela Cintra)
1986 - Santos SP - Individual, na Associação Médica de Santos
1987 - São Paulo SP - Individual, na Funarte
1987 - São Paulo SP - Individual, no Espaço Cultural Almeida Barone
1989 - Mococa SP - Individual, no Museu de Arte de Mocóca
1992 - São Paulo SP - Individual, no MAB/FAAP
1995 - São Paulo SP - Arqueologia Mental. Comemoração 300 Anos de Zumbi dos Palmares, na Galeria de Arte Portal
1995 - Porto Alegre RS -Arqueologia Mental. Comemoração 300 Anos de Zumbi dos Palmares, no Museu da Caixa Econômica Federal
1997 - São Paulo SP - Afro-Brasilidade, no Centro Universitário Maria Antonia/USP
* 1999 - 2000 Pinacoteca do Estado - individual 1999 –
* 2005 Cidade Tiradentes - Individual
* 2007 Cidade de São Carlos - Individual
* 2008 Espaço São Paulo - Individual 2008
* 2008 Assembléia Legislativa - Individual 2008
* 2008 Cidade de Sumaré - Individual 2008
Realizou O Seu Projeto Usina Periférica de Arte nas Escolas Estaduais e Municipais
De Julho a Dezembro De 2008
Pinacoteca do Estado - Individual -1999
Cidade Tiradentes - Individual -2005
Cidade de São Carlos - Individual – 2007
Cidade de Sumaré - Individual – 2008
Assembléia Legislativa - Individual – 2008
Espaço São Paulo - Individual – 2008
Associação Paulista de Imprensa
Individual, 2011
Algumas das exposições Coletivas
1970 - Santana de Parnaíba SP - Movimento de Arte em Santana
1972 - São Paulo SP - Salão da Paisagem
1972 - São Paulo SP - Salão Barroco Mineiro
1972 - São Paulo SP - 37º Salão Paulista de Belas Artes
1973 - São Paulo SP - Salão da Associação Paulista de Belas Artes
1973 - São Paulo SP - Semana Cívica Afro-Brasileira
1974 - Embu SP - Salão Oficial do Embu
1975 - Atibaia SP - Salão de Arte Contemporânea de Atibaia
1976 - São Paulo SP - Bienal Nacional 76, na Fundação Bienal
1977 - Florianópolis SC - Arte e Pensamento Ecológico
1978 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Arte e Pensamento Ecológico, na Biblioteca Euclides da Cunha
1978 - São Paulo SP - 16º Arte e Pensamento Ecológico, na Cetesb
1979 - São Paulo SP - Semana da Cultura Negra, no Masp
1979 - São Paulo SP - 3º Chapel Art Show
1980 - São Paulo SP - Arte e Pensamento Ecológico, na Galeria Sesc Carmo
1980 - São Paulo SP - Dez Novos Escultores, na Galeria de Arte do Sesi
1981 - Goiânia GO - Goiânia Ecológica
1983 - São Paulo SP - 1º Projeto Zumbi, no Masp
1984 - São Paulo SP - Conceitual, no CCSP
1985 - São Paulo SP - Racismo, Chaga da Humanidade, no CCSP
1985 - Santos SP - Quatro Visões Diferentes, na Associação Médica de Santos
1985 - São Paulo SP - Três Etnias, Uma Visão e Muitas Linguagens, no Espaço Cultural Almeida Barone
1986 - São Paulo SP - 4º Projeto Zumbi, na Bienal
1986 - São Paulo SP - Olimpíada Cultural, na Bienal
1986 - São Paulo SP - Visão da Arte Negra, na Galeria Sesc Carmo
1988 - São Paulo SP - 10 Tendências, no Espaço Cultural Almeida Barone
1988 - São Paulo SP - A Mão Afro-Brasileira, no MAM/SP
1989 - Los Angeles (Estados Unidos) - Introspectives: contemporary art by americans and brazilians of african descent, no The California Afro-American Museum
1990 - Nova York (Estados Unidos) - Introspectives: contemporary art by americans and brazilians of african descent, no The Bronx Museum of the Arts
1998 - São Paulo SP - Impressões: a arte da gravura brasileira, no Espaço Cultural Banespa-Paulista
* 2005 Museu Afro Brasil - coletiva e acervo
* 2006 Galeria Nova André - Coletiva
* Museu Afro Brasil – Coletiva e Acervo – 2005
* Galeria Nova André – coletiva - 2006
* Realizou seu projeto, Usina Periférica de
Arte afro Brasileira,nas escolas Estaduais e Municipais de julho a dezembro de 2008
* Diretor de arte da associação paulista de imprensa 2010
* Medalha do mérito cultural da Sociedade Brasileira de Heráldica, oficializado pelo
Ministério de Educação e Cultura.
Colaborador da fundação do museu Afro Brasil -2004
FONTES DE PESQUISAS
A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica. Joel Rufino dos Santos. Tenenge. Emanoel Araújo. ARAÚJO, Emanoel. São Paulo, Tenenge, 1988. Bibliografia: p. 396-398 Conteúdo: 1 - O barroco e o rococó 2 - O século XIX - A academia e os acadêmicos 3 - A herança africana e as artes de origem popular 4 - Arte contemporânea..
LIZAR: pinturas. Apresentação de Emílio Miguel Abella. São Paulo: Itaugaleria, 1976.
LIZAR: pinturas, desenhos e esculturas. Apresentação de Lizar. São Paulo: Itaugaleria, 1982.
LIZAR: Só capoeira. Apresentação de Carlos Eduardo da Rocha. Salvador: Galeria de Arte Panorama, 1976.
LIZAR em uma mostra de arte. São Paulo: Banco Mercantil do Brasil - AG. José Bonifácio, 1975.
LIZAR. Apresentação de Carlos Eduardo da Rocha. São Paulo: Centro das Artes, 1983.
SIDNEY Lizardo e João Baptista de Souza. São Paulo: Galeria de Arte Reaval, s.d.
CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
“A ARTE E A COMUNICAÇÃO NO TEMPO”
A obra de arte tem a responsabilidade de registrar no tempo, a historia e as reflexões que facilitara a compreensão da vida, e marca na humanidade o nível de cultura, que foi ou é exercitada no tempo. A obra de arte é uma reflexão do artista, que faz um registro mental das historias, das sensações, e das emoções vividas. É retrospecto pictórico, sintetizado e materializado do desenvolvimento humano, através de várias formas e vários símbolos.Tudo começa nas cavernas com a manipulação do fogo que modela e dilui formas dando condição ao homem de trabalhar suas vontades e reduzir dificuldades.
A ação positiva do criador da as condições mas é o ser humano que tem que fazer o esforço para se iluminar em conhecimentos e superar os obstáculos que o dia propõem.
Todos os conhecimentos têm que ser conquistado através do esforço, das pesquisas com muita dedicação!!! Passo a passo o homem deverá formalizar a razão superando dificuldades e subindo degraus no desenvolvimento mental. A força geradora da vida tem no homem o co-criador que assimila e desenvolve conhecimentos, fortalecendo a cultura positiva da ação harmônica, apoiada no raciocínio equilibrado e na razão. O homem passa a ser o co-criador, absolvendo e recriando as formas da natureza espontâneas e materializando as elaborações mentais nas dinâmicas infinitas da vida..
